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Monique Medeiros, a “mãe sagrada” de Henry Borel

Uma das primeiras reclamações do menino Henry, foi sobre um abraço muito forte que o Jairinho deu… O pai questionou sobre este abraço e Jairinho disse: “O abraço que eu dei nele é porque ele pede!”

A mãe, Monique Medeiros é questionada e acalma o pai: Foi um sonho que ele teve.. só estava sonhando (…)” . Por que esta afirmação só parece contraditória após o crime? O pai deveria ter percebido? Absolutamente, não! A maioria das pessoas, somente não está preparada para esta macabra possibilidade e o pai não teve culpa de não ter percebido. Imaginem se todos nós vivessemos a espreita de um crime com toda e qualquer informação? Por outro lado, esta é uma possibilidade, uma vez que o  consciente e o inconsciente coletivo, tem a premissa da mãe sagrada, imaculada que ama seus filhos e que de forma alguma poderia fazer mal ou ser conivente com abusos ou agresões, muito menos que existam sádicos que gostam de torturar crianças. Leniel Borel foi muito bem criado e apoiado pelos pais… como poderia prever o que estaria por vir?

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Então, o pai, Leniel Borel, apenas pensou: “Mas o meu filho não costuma pedir abraços”

Jamais em sua mente e  na mente de qualquer pessoa isto seria um alerta importante, embora estranho,  pois felizmente, a maioria das pessoas não cometem crimes, a maioria das mães não são narcisistas e a maioria das pessoas não são psicopatas, logo, raras são as pessoas que possuem “malicia” sobre outras realidades. A bandeira vermelha só acenderia para vitimas de famílias disfuncionais, pessoas que sofreram violência e abusos na infância

A sociedade precisa ficar atenta a estas possibilidades. Quando uma criança relatar algo estranho, pode não ser exatamente o que você está imaginando

Um adulto, sobrevivente em uma mesa de bar com um colega, mencionou que apanhou muito na infância. O colega riu carinhosamente, com memoria afetiva de que sua mãe também dava umas chineladas. Com um sorriso sem graça  o amigo desistiu do desabafo, pois mesmo se falasse, o amigo não iria acreditar, mas ele era amarrado, açoitado e até mesmo abusado sexualmente pelos seus genitores. Quem poderia imaginar uma situação destas? A maioria das pessoas levou (saudosas?) palmadas de havaianas, pois, há o romantismo das palmadas saudáveis das mães, mas para uma minoria que vive às sombras a coisa não funcionou desta forma romântica e até mesmo saudável

Neste exato momento, muitas crianças tentam falar de abusos e são invalidadas, desacreditadas. Há uma comparação com status quo imediata e todos pensam no pais das maravilhas.  Sociedade, igreja, escola, civis, todos precisam entender e aguçar olhos e ouvidos para que tragédias sejam evitadas. O foco deste artigo, não será necessariamente sobre a cronologia e detalhes do crime. Abordaremos as entrelinhas da violência doméstica como ela é.  E esperamos com isto, que todos passem a ver com olhos mais atentos

O narcisismo e a ambição de Monique Medeiro

 

Desde o início do caso, Monique Medeiros, apresentou um comportamento estranho após a morte do filho. Foi ao salão de beleza, vestiu-se deliberadamente, buscou cursos de inglês e culinária… Quem tem mãe narcisista, conforme mostrado em diversos posts por aqui, sabe muito bem que os comportamentos são em sua essência, totalmente diferentes em situações do dia a dia.

O foco de todas as questões esta sempre nelas mesmas. Em casos de doença ou morte de um filho os comportamentos se resumem em se embelezar ou mostrar a todos como ela esta sofrendo de forma patológica, atípica, onde o foco é somente ela e nunca o filho.  Em vários depoimentos em que Monique Medeiros falou sobre o assunto, percebemos comportamentos atípicos. Veja abaixo a entrevista com o jornalista Roberto Cabrini, onde podemos perceber que Jairinho e Monique sincronizaram roupas, entraram de mãos dadas, onde o discurso e justificativas mostraram-se duvidosos. Estaria Monique sendo ameaçada? Mas, qual mãe após o assassinato do filho suportaria manter esta pose?

Sociedade, igreja, escola, civis, todos precisam entender e aguçar os olhos e ouvidos para que tragédias sejam evitadas

A noite do crime

Leniel Borel, em entrevista com a  Dra. Ana Beatriz Barbosa, relata detalhes do que aconteceu durante os fatos, mas somente muito depois se deu conta de cada evento da dissimulação, do narcisismo, das mentiras até mesmo comportamentos que em um primeiro momento soaram como vaidade ter ido mais além: o fato de Monique Medeiros ter feito as unhas… A suspeita é que ela fez isto para remover evidências, pois suspeita-se que ela tenha particicipado segurando Henry Borel. Veja detalhes:

Comportamento atípico: Monique Medeiros aparece em um vídeo do Instagram em uma banheira com o filho, a luz de velas, vinho, num clima que remete a sedução. Qual fora a motivação deste vídeo? O jornalista Marcondi Marques discorre sobre o assunto 

Alguns mitos, tabus e mecanismos da violência doméstica

A criança abastada financeiramente esta livre de violência doméstica?

Mito: muitas crianças e adolescentes sofrem todos os dias, todo tipo de violência em todos os níveis sociais, em todo o mundo. Inclusive, este é um equívoco sério, pois muitas pessoas invalidam denuncias caso a criança ou adolescente pertença a uma familia que possua credibilidde perante a sociedade, posses econômicas, caso tenha boas roupas, escolas, brinquedos. As pessoas costumam enxergar somente a condição financeira para julgar se sofre ou não. Ainda mais pessoas que sofreram/sofrem dificuldades financeiras, tendem a achar que ter posses materiais e comida é a única coisa que importa e que tais coisas são sinônimos de amor, respeito e cuidados;

Uma mãe machucaria seu próprio filho?

“Mãe é sagrada”.  “Uma mãe jamais faria mal ao seu filho (…)”

A primeira asserção é mitológica e a segunda é um mito 

O título de mãe confere duas vias de raciocínio: 

A) Uma mãe jamais machucaria seu filho;
B) Caso alguém reclame da mãe, não pode e esta errada, afinal, mãe é sagrada e ponto.

Quantas vidas podem ser salvas quebrando estes tabus? Quantas mães encobrem violência física e sexual de parentes de primeiro, segundo grau, vizinhos e pasmem, até mesmo proveniente delas mesmas, a seus filhos por questões duvidosas. Quantas crianças e adolescentes, não importanto o sexo, fazem denuncia de abusos e ouvem que mãe é sagrada todos os dias?

Fui à delegacia fazer um B.O contra minha mãe, mas, o policial não quis registrar o boletim e e pela atitude dele, se pudesse me daria um tiro” (Trecho de relato de uma sobrevivente) “

Provavelmente este policial tem uma mãe dentro dos padrões e assim como a maioria das pessoas sente verdadeira indignação diante do que parece ser um grande absurdo, portanto é necessário entender que mães são pessoas e podem ser boas ou más. A quebra deste tabú pode salvar vidas. Não é porque a maioria tem mães dentro dos padrões que não existam exceções
 

Este tipo de situação, felizmente não acontece todos os dias …

 
Mito: Todos os dias, centenas de casos pelo mundo acontecem. Mas, nem todos possuem visibilidade, ainda mais se for em familias pobres. Em algumas regiões do Brasil, ainda se normaliza que uma adolescente tenha filhos do próprio pai, mas estes casos são ignorados bem como assassinatos de crianças promovido pelos seus familiares que passam despercebidos. “Acidentes” acontecem todos os dias
 
 

A superação de Leniel: Associação Henry Borel

Cada pessoa reage de uma forma diante de tamanha dor e é necessário de alguma forma fazer algo que seja significativo. Assim surge a Associação Henry Borel. Uma associação que virou Ong promovendo apoio e informação sobre violência doméstica, sendo responsável por um enfoque inédito neste contexto: A penallização daqueles que omitem ou não notificam quando do conhecimento de abusos ou violências contra menores 

O que é a Lei Henry Borel, Lei nº 14.344/22?

Em síntese, a inovação legal torna crime hediondo o homicídio contra menor de 14 anos e estabelece medidas protetivas específicas para crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica e familiar.

É importante destacar que a lei encontra fundamento no art. 226, §8° e art. 227, §4° da Constituição Federal:

Art. 226. (…) § 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações;

Art. 227. (…) § 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente.

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